Esquema dos Mercados e Ativos e suas Correlações

 



Excelente, Moraes! 🔥
O diagrama que você montou — “Esquema das correlações dos mercados e ativos diversos” — está muito bem estruturado. Ele sintetiza, de forma visual, como os principais blocos macroeconômicos e de mercado se interconectam.

Aqui vai uma análise conceitual e estratégica do teu esquema:


🧩 1. Núcleo Central: DXY (A)

O DXY está corretamente posicionado no centro da estrutura, pois ele é o pivô global de liquidez.

  • Correlação direta: Juros americanos (I), Dólar (B), Bonds americanos (Q).

  • Correlação inversa: S&P500 (C), NASDAQ (D), Dow Jones (E), Ouro (K), Cripto (G/H/M).

👉 Ou seja:

  • Alta do DXY → aversão a risco.

  • Queda do DXY → apetite a risco.


💵 2. Eixo Monetário: (B, I, Q, R, S)

Esses formam o “pilar cambial”:

  • B - Dólar: responde diretamente ao DXY.

  • I - Juros americanos: determinam o fluxo para o dólar.

  • Q - Bonds americanos: quando sobem, indicam busca por segurança → dólar tende a fortalecer.

  • R - Franco suíço / S - Libra esterlina: servem como contrapontos de estabilidade ou comparação no Forex.

👉 Aqui se lê o sentimento global de risco (risk-on / risk-off).


📈 3. Eixo de Risco (C, D, E, P)

Representa o mercado de ações e derivativos:

  • C - S&P500, D - Nasdaq, E - Dow Jones são espelhos do apetite de risco global.

  • P - WIN (mini índice) é o reflexo doméstico dessa dinâmica, fortemente correlacionado ao S&P500 (C) e ao DXY (A).

👉 Correlação inversa com DXY e Juros (I).
Quando DXY sobe, esses ativos tendem a cair.


🪙 4. Eixo das Commodities (J, K, L, V)

Esses ativos reagem à força do dólar e à inflação:

  • J - Petróleo: sobe com inflação, cai com dólar forte.

  • K - Ouro: hedge contra o dólar e inflação.

  • L - Ferro / V - Metais: correlacionam-se fortemente com o crescimento chinês e industrial global.

👉 Alta do dólar geralmente derruba commodities.


🌐 5. Eixo Digital (H, M, G)

O mercado cripto é o mais sensível a liquidez global:

  • H - Bitcoin: referência principal.

  • M - Altcoins: amplificam o movimento do BTC.

  • G - Mercado Cripto: depende da direção do dólar e dos juros.

👉 Correlação fortemente inversa com DXY e direta com índices (C, D, E).


🏦 6. Eixo Econômico Fundamental (N, T, U, 21)

  • N - Inflação americana: conduz os juros (I) e o DXY (A).

  • U - Empregos USA: sinaliza força da economia — afeta o dólar e os juros.

  • T - Petrobras, Vale etc.: dependem de commodities (J, L, V) e do fluxo de capital estrangeiro.

  • 21 - “ETC”: sugere outros fatores, como políticas fiscais, geopolítica e liquidez global.


🔁 7. Eixo de Transmissão Global (O - WDO)

O mini dólar (O) é o elo entre o sistema externo e o doméstico.
Ele responde diretamente ao DXY e aos juros americanos, mas também ao fluxo interno de capital (WIN) e à percepção de risco no Brasil.


⚙️ Síntese Geral:

TendênciaEfeito GlobalImpacto nos Ativos
DXY ↑ / Juros ↑Dólar forte, risco baixoÍndices ↓, Criptos ↓, Commodities ↓
DXY ↓ / Juros ↓Dólar fraco, risco altoÍndices ↑, Criptos ↑, Commodities ↑
Inflação ↑Pressão sobre jurosOuro ↑, Dólar ↑, Ações ↓
Emprego USA forteExpectativa de juros altosDólar ↑, Cripto ↓
Liquidez global ↑Apetite a riscoÍndices e Cripto ↑

DXY e suas Correlações - Parte 3

 Observei que o DXY tem correlação direta com o dólar, mas com os demais ativos ( Euro, S&P500, Dow Jones, Nasdaq 100, Mercado Cripto, Ibovespa, Petróleo, Óuro, Minério de Ferro, etc), tem correlação inversa, que varia de leve, moderada e forte. Pode comentar sobre isso?

Excelente observação, Sr. Moraes — e sua leitura está precisa e de alto nível analítico. Vamos destrinchar com profundidade o porquê dessa correlação direta com o dólar e inversa com os demais ativos, classificando as relações como leves, moderadas ou fortes, e explicando o fundamento macroeconômico e comportamental de cada uma.


🧭 1. DXY e o Dólar (correlação direta e forte)

O DXY mede exatamente a força do dólar americano frente a uma cesta de moedas (euro, iene, libra, dólar canadense, coroa sueca e franco suíço).
➡️ Logo, quando o DXY sobe, o dólar se valoriza globalmente, e vice-versa.
Essa é uma relação estrutural e inevitável — o índice é praticamente um reflexo do próprio dólar.


💶 2. DXY e o Euro (correlação inversa e muito forte)

O euro tem cerca de 57,6% de peso no DXY, sendo o principal componente.
➡️ Assim, quando o DXY sobe, significa que o dólar se valoriza em relação ao euro, e o par EUR/USD tende a cair.
Essa é a relação inversa mais evidente de todas, e é quase espelhada:

DXY ↑ → EUR/USD ↓
DXY ↓ → EUR/USD ↑


📈 3. DXY e S&P 500 (correlação inversa moderada a forte)

O S&P 500 representa as 500 maiores empresas americanas, muitas delas multinacionais.
➡️ Um dólar forte encarece as exportações e reduz os lucros dessas companhias no exterior, pressionando o índice.
➡️ Já um dólar fraco melhora a competitividade global e estimula fluxo de capital para ações (apetite por risco).

📊 Resumo:

  • DXY ↑ → S&P 500 tende a cair

  • DXY ↓ → S&P 500 tende a subir


💼 4. DXY e Dow Jones (correlação inversa leve a moderada)

O Dow Jones tem uma composição mais industrial e tradicional, com empresas menos dependentes do câmbio.
➡️ Por isso, o impacto do DXY é menos direto, mas ainda presente.
Quando o dólar sobe muito, pode afetar exportadoras como Boeing ou Caterpillar.


💻 5. DXY e Nasdaq 100 (correlação inversa forte)

O setor de tecnologia é altamente sensível à liquidez global.
➡️ Um dólar forte geralmente vem acompanhado de juros altos (política monetária restritiva), o que reduz o fluxo de capital especulativo.
➡️ Assim, o Nasdaq tende a cair quando o DXY sobe, e subir quando o dólar enfraquece.


💹 6. DXY e Mercado Cripto (correlação inversa muito forte)

O Bitcoin e o Ethereum são ativos de risco e reserva alternativa de valor.
➡️ Quando o DXY sobe (dólar forte), investidores migram para segurança → cripto sofre.
➡️ Quando o DXY cai (dólar fraco, maior liquidez), o apetite por risco volta → cripto valoriza.

💡 Historicamente, os grandes bull markets do Bitcoin coincidiram com períodos de enfraquecimento do DXY.


🇧🇷 7. DXY e Ibovespa (correlação inversa moderada a forte)

O Brasil é um mercado emergente, e o capital estrangeiro reage diretamente à força do dólar.
➡️ Quando o DXY sobe, o real tende a se desvalorizar e há fuga de capital → Ibovespa cai.
➡️ Quando o DXY cai, o real se fortalece, o capital estrangeiro entra → Ibovespa sobe.


🛢️ 8. DXY e Petróleo (correlação inversa moderada)

O petróleo é cotado em dólar.
➡️ Quando o dólar se fortalece, o petróleo fica mais caro para quem compra em outras moedas, e a demanda global tende a cair.
➡️ Quando o dólar enfraquece, o petróleo se valoriza.


🪙 9. DXY e Ouro (correlação inversa forte)

O ouro é o ativo histórico de proteção contra a desvalorização do dólar.
➡️ Quando o DXY sobe, o ouro cai — porque o dólar já está oferecendo proteção e o ouro perde atratividade.
➡️ Quando o DXY cai, o ouro sobe — como refúgio contra inflação e perda de valor da moeda.


⛏️ 10. DXY e Minério de Ferro (correlação inversa leve a moderada)

O minério também é cotado em dólar e depende da demanda global, especialmente da China.
➡️ Dólar forte encarece as commodities e reduz a demanda, pressionando o minério.
➡️ Dólar fraco estimula o consumo e favorece países exportadores (como o Brasil e a Austrália).


DXY e Suas Correlações - Parte 2

📊 Correlação do DXY com Principais Ativos Globais

Ativo / Índice Tipo de Correlação Intensidade Por que / Interpretação
💵 Dólar (USD) Direta Muito forte O DXY é a medida da força do dólar frente a uma cesta de moedas — relação estrutural.
💶 Euro (EUR / EURUSD) Inversa Muito forte Maior peso no índice (~57,6%) — movimentos no EUR/USD afetam diretamente o DXY.
📈 S&P 500 Inversa Moderada–Forte Dólar forte pressiona lucros de empresas exportadoras e reduz apetite por risco (fluxo p/ USD).
🏛️ Dow Jones Inversa Leve–Moderada Composição mais industrial/blue-chip → impacto cambial existe, mas é menos pronunciado.
💻 Nasdaq-100 Inversa Forte Setor tech sensível a liquidez e juros — dólar forte costuma reduzir valuations e fluxo para risco.
🪙 Mercado Cripto (Bitcoin, Ethereum) Inversa Muito forte Ativos de risco / reserva alternativa; dólar fraco atrai liquidez p/ cripto, dólar forte reduz apetite.
📊 Ibovespa Inversa Moderada–Forte Mercado emergente: dólar forte tende a provocar fuga de capital e pressão sobre o real → Ibovespa cai.
🛢️ Petróleo (WTI / Brent) Inversa Moderada Cotado em USD: dólar forte encarece para compradores em outras moedas → demanda pode cair.
🥇 Ouro (XAU/USD) Inversa Forte Ouro compete como porto-seguro/hedge: dólar fraco → ouro sobe; dólar forte → ouro tende a cair.
⛏️ Minério de Ferro Inversa Leve–Moderada Também cotado em USD, mas fortemente dependente da demanda chinesa — dólar forte pressiona preços.

Nota: As intensidades e tipos acima representam correlações históricas e comportamentais. Mudanças em política monetária, geopolítica e ciclos econômicos podem alterar temporariamente essas relações.

Correlação do DXY com Principais Ativos Globais

📊 Correlação do DXY com Principais Ativos Globais

Ativo / Índice Tipo de Correlação Interpretação
💵 Dólar (USD) Correlação direta Quando o DXY sobe, o valor do dólar tende a se fortalecer frente às demais moedas.
💶 Euro (EUR/USD) Correlação inversa O Euro representa ~58% do DXY. Quando o DXY sobe, o par EUR/USD normalmente cai.
📈 S&P 500 Correlação inversa Um DXY forte reduz o apetite por risco e pode pressionar o S&P 500 para baixo.
🏛️ Dow Jones Industrial Average Correlação levemente inversa Menor exposição internacional que o S&P 500; tende a cair menos quando o DXY sobe.
💻 Nasdaq 100 Correlação inversa forte Empresas de tecnologia são sensíveis ao dólar e aos juros; dólar forte costuma pressionar o Nasdaq.
🪙 Mercado Cripto Correlação inversa Bitcoin e demais criptos geralmente sobem quando o DXY cai (fluxo para ativos de risco).
📊 Ibovespa (Brasil) Correlação inversa moderada Dólar forte pressiona moedas emergentes e pode gerar saída de capital da Bolsa brasileira.
🛢️ Petróleo (WTI / Brent) Correlação inversa Dólar forte encarece commodities cotadas em USD, pressionando os preços do petróleo.
🥇 Ouro (Gold XAU/USD) Correlação inversa Ouro costuma cair quando o DXY sobe, pois ambos competem como “porto seguro”.
⛏️ Minério de Ferro Correlação inversa moderada Dólar forte tende a reduzir preços de commodities metálicas, mas a China também influencia fortemente.

*As correlações acima são tendências históricas aproximadas e podem variar conforme o ciclo macroeconômico, política monetária e fluxo global de capitais.*

Composição do DXY

💵 Composição do DXY (US Dollar Index)

Moeda Símbolo Peso no índice
Euro EUR 57,6%
Iene Japonês JPY 13,6%
Libra Esterlina GBP 11,9%
Dólar Canadense CAD 9,1%
Coroa Sueca SEK 4,2%
Franco Suíço CHF 3,6%

Fonte: ICE (Intercontinental Exchange) — composição oficial do U.S. Dollar Index.


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